Por doña Bernarda Ferreira de Lacerda A las Religiosas Carmelitas descalças del Convento de S. Alberto de Lisboa. [EN LISBOA. Per Mathias Rodrigues.] Año 1634.

In 8º (13x9 cm) com [viii] + 121+ [vii] fólios.

Encadernação artística do séulo xx, inteira de pele marroquin vermelho. com finíssimos ferros a ouro na lombada, pastas, filetes e conchas. Folhas de guarda em seda e corte das folhas dourado.

Exemplar com ex-libris armoriado.

Obra poética com uma carta dirigida à autora no final.

Palau 1951, Tomo V, pags. 359 (90242) 'Poema en octosilabos castellanos y poesias en portugues, latin y italiano. 400 escudos Coelho, 1931'

Inocêncio I, 355: “Soledades de Buçaco. Lisboa, por Mathias Rodrigues 1634. 12.º ou 8.o pequeno de VI 128 folhas numeradas pela frente. O frontispicio é aberto em chapa de metal. Constam de vinte romances octosyllabos em castelhano, a que se seguem outras poesias na mesma lingua, havendo tambem algumas em portuguez (a fol. 93, 94, 95, 112, 119, 120, 121) e outras em latim e italiano. Termina com uma carta alheia, escripta em prosa castelhana em que é louvada a auctora do livro.

D. Bernarda Ferreira de Lacerda, casada com Fernão Corrêa de Sousa, e filha de Ignacio Ferreira Leitão, chanceller mór do Reino. Diz-se que Filippe III de Hespanha quizera nomeal a mestra de seus filhos, lugar que ella recusou. Nasceu na cidade do Porto em 1595, e morreu em Lisboa no 1.° de Outubro de 1644, conforme Barbosa, e o epitafio da sua sepultura, que o mesmo Barbosa transcreve no tomo I a pag. 513; mas se dermos credito á Chronica dos Carmelitas Descalços, que no tomo III tracta largamente da vida desta senhora, faleceu no 1.° de Outubro 1645.

Ignoro o motivo por que esta obra foi excluida do Catalogo chamado da Academia. Certo que, a meu ver, não tinha menor direito de ali entrar, do que as poesias de D. Manuel de Portugal, Paulo Gonçalves de Andrade, Antonio Alvares Soares, Antonio Gomes d’Oliveira, e outros, onde por excepção apparecem alguns poucos versos portuguezes, sendo tudo o mais escripto em hespanhol. As Soledades são pouco vulgares, e estimadas. Correm no mercado de 300 até 480 réis cada exemplar, e de algum sei que foi vendido por 600 rs".