RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 89181

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



BRITO CAPELO. (Hermenegildo Carlos de) e Roberto Ivens. DE ANGOLA À CONTRA-COSTA. [ENC. EDITOR]

Descripção de uma viagem atravez do CONTINENTE AFRICANO comprehendendo narrativas diversas, aventuras e importantes descobertas entre as quaes figuram a das origens do Lualaba, caminho entre as duas costas, visita ás terras da Garanganja, Katanga e ao curso do Luapula, bem como a descida do Zambeze, do Choa ao oceano. Por H. Capello - R. Ivens Officiaes da Armada Real Portugueza. Edição illustrada com mappas e gravuras. Volume I [Volume II]. Imprensa Nacional. Lisboa. 1886.

2 Volumes in 8.º de 24x17 cm. Com xxvii, 448; xiii, 490 págs. Encadernações editoriais em tela encerada a cinzento, com belas estampagens, a preto e a vermelho, com palmeiras e elefantes nas pastas anteriores e incluindo o retrato dos autores nas pastas posteriores.

Ilustrados com desenhos no texto, 14 gravuras extratexto (4 no primeiro volume e 10 no segundo), uma das quais de página dupla, 2 desdobráveis com diagramas de curvas meteorológicas e 6 mapas desdobráveis (4 no primeiro volume e 2 no segundo).

Exemplar em magnífico estado de conservação.

Primeira edição, dedicada a Dom Luís I, ao Povo Português e a Manuel Pinheiro Chagas, com prefácio dos autores.

Relato fundamental da grande expedição de Capelo e Ivens (1884-1885), esta obra monumental documenta a travessia científica e cartográfica entre Angola e Moçambique, consolidando a presença portuguesa no interior de África e servindo de base ao célebre Mapa Cor-de-Rosa, marco geopolítico do fim do século XIX.

Páginas em numeração romana do primeiro volume com dedicatórias, quadro com a relação dos indivíduos perdidos durante a expedição ao interior de África, índice das gravuras e dos capítulos, e prefácio. Segundo volume com índice das gravuras e dos capítulos nas páginas preliminares; e índice geográfico, antroponímico e das matérias dos volumes nas páginas finais. A obra divide-se em 30 capítulos, primeiro volume do Capítulo I ao XVI (1-16), segundo do Capítulo XVII ao XXX (17-30).

Em 19 de Abril de 1883, o então Ministro da Marinha e do Ultramar, Manuel Pinheiro Chagas, decretou a criação de uma Comissão de Cartografia com o objectivo de elaborar um atlas geral das colónias portuguesas. Paralelamente, visava-se o estabelecimento de uma rota comercial terrestre entre Angola e Moçambique. Como os territórios a atravessar eram ainda desconhecidos e careciam de levantamento cartográfico, recorreu-se a oficiais da Marinha, experientes em missões de exploração, capazes de avançar com maior rapidez através da aplicação dos princípios da navegação marítima ao interior africano.

A abertura desta ligação terrestre representava também uma reivindicação tácita de soberania sobre as terras situadas entre as duas colónias, que correspondem atualmente aos territórios da Zâmbia, Zimbabué e Malawi. Esta pretensão ficou conhecida como o 'Mapa cor-de-rosa', ideia frequentemente atribuída ao então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Henrique de Barros Gomes, embora este nunca o tenha assumido publicamente. O projeto colidia diretamente com os interesses britânicos de ligar o Cairo à Cidade do Cabo, originando um grave conflito diplomático entre Portugal e o Reino Unido, que culminou no Ultimato Britânico de 1890. A cedência portuguesa à pressão britânica provocou sérios danos na imagem do regime monárquico português.

Numa fase inicial, a exploração decorreu entre a costa e o planalto da Huíla, prosseguindo depois pelo interior do continente até Quelimane, em Moçambique. Durante esta travessia, os exploradores continuaram os seus estudos hidrográficos, realizando também registos de carácter geográfico-natural, etnográfico e linguístico. Foi assim estabelecida a tão ambicionada ligação terrestre entre as costas de Angola e Moçambique, com a exploração das vastas regiões do interior entre os dois territórios, descritas detalhadamente nesta obra. A missão teve início a 6 de Janeiro de 1884 e terminou a 20 de Setembro de 1885, data em que os exploradores regressaram a Lisboa, sendo recebidos em triunfo pelo rei D. Luís.

Hermenegildo Carlos de Brito Capelo (Palmela, 1839 — Lisboa, 1917), foi oficial da marinha portuguesa e explorador do continente africano durante o último quartel do século XIX. Em 1860 embarcou como guarda-marinha para Angola a bordo da corveta D. Estefânia, comandada pelo príncipe D. Luís, em 1863 regressa a Lisboa e é aprovado Segundo Tenente. Em 1874 torna-se Primeiro Tenente, Capitão Tenente supranumerário em 1877, e Capitão de Fragata em 1884. Ajudante de Campo Honorario de Sua Magestade El-Rei, comendador da ordem de S. Thiago. Em resultado de uma outra exploração científica em África, também com Roberto Ivens, escreveu e publicou: De Benguella ás Terras de Iácca. Lisboa, na Imp. Nacional, 1881.

Roberto Ivens (São Pedro, Ponta Delgada, 1850 — Dafundo, Oeiras, 1898), filho de pai inglês e de mãe açoriana, foi um oficial da Armada, administrador colonial e explorador do continente africano, português. Concluiu o curso de Marinha em 1870 com as mais elevadas classificações, no ano seguinte frequentou a Escola Prática de Artilharia Naval, partindo em setembro para a Índia, pelo Canal do Suez, integrado na guarnição da corveta Estefânia, onde é feito guarda-marinha. A partir de 1872 inicia contactos regulares com o continente africano, ascende a diversos cargos e termina a sua carreia como Oficial.

Inocêncio XI, 261-262; XVIII, 352.

 2 volumes in octavo. 24x17 cm. xxvii, 448; xiii, 490 pp.

Publisher"s bindings decorated with stamped drawings featuring African motifs, palm trees and elephants, with red sun.

Illustrated work with drawings in text, 14 hors-texte engravings (4 in the first volume and 10 in the second), one of which is a double-page fold out, 2 fold-outs with diagrams of weather curves and 6 fold-out maps (4 in the first volume and 2 in the second).

Copy in pristine condition.

Report of the exploration carried out between 1884 and 1885 by Capelo and Ivens, first between the coast and the plateau of Huila and then through the interior to Quelimane in Mozambique. They then continued their hydrographical studies, making geographical as well as ethnographic and linguistic records. They thus established the longed-for land link between the coasts of Angola and Mozambique, exploring the vast inland regions situated between these two territories, which they describe in this work. The mission began on 6th January 1884 and the explorers returned on 20th September 1885, having been received triumphantly by King D. Luís.

On 19 April 1883, Manuel Pinheiro Chagas, Minister of the Navy and Overseas Territories, created a Cartography Commission by decree with the aim of creating a general atlas of the Portuguese colonies. On the other hand, it was also intended to create a commercial road linking Angola and Mozambique by land. As the territories that would be crossed were unknown and needed to be mapped, naval officers were used, who, having already had previous experience in this type of exploration, could advance more quickly using the principles of maritime navigation. With the creation of this link, some kind of claim to land sovereignty was also created between the two colonies that are now the territories occupied by Zambia, Zimbabwe and Malawi. This claim is known as the Pink Map, whose idea is attributed to the then Minister of Foreign Affairs, Henrique de Barros Gomes, who, however, never admitted that it was his idea. This was in clear collision with the British aim of linking Cairo to Cape Town and triggered a dispute between the Portuguese state and Britain that culminated in the British Ultimatum of 1890 to which Portugal yielded, causing serious damage to the image of the Portuguese monarchical government.

Inocencio XI, 261. 'Hermenegildo Carlos de Brito Capello, was born in 1839. Aspirant Marine Guard in 1853, Marine Guard in 1861, Second Lieutenant in 1863, First Lieutenant in 1874, supernumerary Lieutenant Captain in 1877, and Frigate Captain in 1884. Honorary aide-de-camp of His Majesty the King, Knight Commander of the order of S. Thiago and decorated with the medal of the Expedition to Angola in 1860. As a result of a scientific exploration in Africa, together with another distinguished officer of the navy, Mr. Roberto Ivens, who will be dealt with in due course, he wrote and published the following work: de Benguella ás Terras de Iácca. Lisboa, na Imp. Nacional, 1881.


Temáticas

Referência: 1104CS001
Local: M-15-B-37


Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters