RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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ÁLVARO SECO. [ O MAIS ANTIGO MAPA DE PORTUGAL ] [Titulo]: PORTUGALLIAE [ CARTOGRAFIA. SÉC. XVI. ]

[Titulo]: PORTUGALLIAE que olim Lusitânia, novissima & exactissima descriptio, Auctore Vernando Álvaro Secco. [Subtítulo com prolação]: GVIDONE ASCANIO SFORTIAE S. R. E. CARD. CAMER. Achilles Statius. Sal. Lusitaniem Vernandi Alvari industria descripta tibi ob gentis nostre patrocinium dicamos, Guido Sfortia: Hinc Homines incredibili virtute ac felicitate profecti,ões Orbis terrariu[m] partes obieru[n]t, Africa magna[m] partem Provincia[m] redegerunt: innumerabiles insulas, quarum aut nomen tantum, aut ne nomem quidem vllum extabat, primi patefeceru[n]t, inde[m]que occupaverunt: Asiam terram beatiss. sibi stipendiaram fecerunt: remotiss. nationes Jhesu Christi cultum, religionemque docuerunt. Vale, Rome XIII. Calendas Junias. Anno. M. CCCCC. LX [1560].

1 fólio duplo da edição quinhentista latina do atlas Theatrum Orbis Terrarum de Abram Ortel, conhecido por Ortelius. De 40x56 cm.

Marca de àgua no papel: Duas flechas cruzadas.  Water mark on paper: Two crossed arrows.

Impressa a partir de uma chapa de cobre e colorida manualmente [ver imagem deste mapa premindo o link no título ou na imagem]. Exemplar com pequeno restauro grosseiro na margem superior em branco.

Título resumido em português: “Portugal que antigamente era Lusitânia, descrição novíssima e exactíssima pelo autor Álvaro Seco. Em Roma aos 13 de Junho de 1560”. Mapa impresso e manualmente colorido na época, com as fronteiras políticas e a demarcação dos territórios eclesiásticos/administrativos. Com escala de latitudes. No verso contém a respectivo fólio nº 16, com texto latino impresso com a descrição Portugal  [texto em Latim desde Portugallia até extenditur]. Contém informação manuscrita a lápis em marginália com atribuição coeva deste mapa ao Atlas de Ortelius circa 1570.

Para a identificação e contexto deste mapa contribuem, entre outras, as duas seguintes obras: BINDING (Paul) IMAGINED CORNERS. Exploring the World’s First Atlas. Headline Book Publishing. London. 2003; e FERREIRA (Alves) O MAIS ANTIGO MAPA DE PORTUGAL (1561). Coimbra. Instituto de Alta Cultura. 1957. Esta última obra inclui um fac-simile a cores da edição de Antuérpia de 1570, deste mapa de Portugal. Abram Ortelius foi um compilador que às suas próprias custas mandou imprimir um conjunto de mapas de 86 autores diferentes (Binding, 2003:225) que intitulou Theatrum Orbis Terrarum. As mais perfeitas e apreciadas cartografias do seu tempo foram impressas pelo cartografo/impressor Gillis Copens van Dienst. Inicialmente foram vendidos encadernados e soltos, tanto coloridos como por colorir (Binding, 2003:201).

Ortelius orgulhava-se dos seus cartógrafos - entre os quais Álvaro Seco – que tinham contribuído para esta colectânea e os seus nomes aparecem tanto nos mapas [obtidos a partir de chapas originais, ou cópias de fólios que apesar de arranjadas e reescritas respeitaram a autoria e o conteúdo da edição princeps] como também aparecem os seus nomes numa lista de autores - Catalogus auctorem - num capítulo da obra de Ortelius. A atitude de Ortelius confere um mérito novo e inaugura um novo método na concepção ciêntifica de um atlas.  “Ortelius always wanted to acknowledge those responsible for the maps he offered – to give credit where credit was due – but obviously the roll-call of names did much to boost the reputation of both the Theatrum and himself, for the names cited are illustrious, men widly known for their intellectual probity” (Binding, 2003:225).

 A posição em que se encontra o mapa pode inicialmente constituir motivo de estranheza, porém tanto os autores nacionais como os estrangeiros são unânimes ao afirmarem que essa era a visão de Portugal nesta época um país onde os suas principais riquezas, poder e território que se prolongavam pelo mar oceano  “Almost all maps to be used in the Theatrum are north-oriented, in the following Ortelius’ ultimate mentor, Ptolomy, but that of Portugal has west orientation. This can be justified since, in fact, it serves brilliantly to emphasize the west-stretching Atlantic Ocean as the key to that country’s character and destiny. All Theatrum readers, and particularly Netherlander ones, who’d benefited amply first from Portugal’s successes, and then from her failures, would have appreciated that without her earlier mastery of the sea-ways the Age of Discovery – and of subsequent exploration and colonization – that it would be unimaginable” (Binding, 2003:172).

Alves Ferreira e outros (1957:14) pensam que esta modificação da orientação habitual das cartas não foi executada por um simples motivo estético ou de arranjo gráfico. Segundo estes autores a colocação em relação a uma posição privilegiada, relativamente às ilhas atlânticas dos Açores e da Madeira, colocavam em grande evidência essa relação e suscitava o favor do seu Rei. Embora sem qualquer indicação de escala (Alves Ferreira e outros, 1951:15) julgam que a escala utilizada é a de 1:1:500.000. A parte Leste da carta (colocada em baixo) está limitada por uma escala de latitudes com o desenvolvimento de 5 graus: do 38º ao 43º. Este mapa aqui apresentado coloca Lisboa erradamente no 40º grau e lê-se sobre a escala “Lisbona Gradi 40”. Porém, quando projectada com esquadro, a latitude de Lisboa é na mesma escala deste mapa: 39º 53’. Este aspecto revela-se de suma importância para sabermos que este nosso mapa é uma das primeiras edições dos anos de 1570, que posteriormente foram corrigidas pelos códices alemães das latitudes, tal como já acontece no mapa apresentado em fac-simile por Alves Ferreira e outros (1951). Definitivamente em 1514, no Livro de Marinharia de João de Lisboa, a latitude de Lisboa encontra-se ajustada para os valores correctos e actuais: 38º 4’’. A colocação de Lisboa arredondada para o 40º grau tratava-se de uma medida expedita e política simultaneamente para não complicar o cálculo e universalizar o conhecimento da posição da capital portuguesa como referência terrestre (vide Alves Ferreira e outros 1951:15). Cada grau desta escala está dividido em 17,5 partes, correspondendo cada uma delas a uma légua, à maneira da época. Como era habitual nas cartas, desde a antiguidade, estão indicados os paralelos que separam os diversos tipos climáticos: clima quartis, clima quintis, etc. Embora a carta não apresente qualquer rede de meridianos os cientistas Alves Ferreira e outros (1951:16) indicam que o mapa foi feito com uma projecção cilíndrica aproximada, já que o comprimento do grau de latitude é variável de sul para norte. Quanto à técnica utilizada por Álvaro Seco os cientistas de Coimbra, completamente apoiados no seu estudo pelo Dr. Armando Cortesão, afirmam que a relação entre as distâncias dos lugares, e a perfeita proporção com os levantamentos actuais, levam à conclusão de que se utilizaram métodos matemáticos de triangulação geodésica. Nesse sentido Álvaro Seco terá trabalhado sobre uma “carta-padrão” anterior a 1530 e encomendada pelo rei D. João III. Segundo os autores de Coimbra, Portugal antecipou-se no levantamento de uma carta de conjunto, e em grande escala, cerca de 30 anos antes de qualquer outro país. Também esta informação é referida, em inglês, como corolário no estudo de Coimbra (1951:99).

 “The authors have studied the oldest existing map of Portugal which was prepared by Fernando Alvares Seco in 1561 and included in Ortelius’s Theatrum Orbis Terrarum in 1570. It is the first representation known of the whole territory of a state and is a remarkable document of the Portuguese land cartography of the 16th century. Its geographical coordinates were analysed and compared with the figures contained in a codex at the University of Hamburg and dated before 1540. The problem as to know the map may have been prepared is specially considered, it being admitted that the Portuguese cartographers might have used triangulation process long before Snellius, either in the preparation of Seco’s map, or that of a standard map, which according to the codex mentioned, may exist although its whereabouts remain unknown. The authors have endeavored to reconstruct the geographical panorama and social state of 16th century Portugal following the map”.


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Referência: 1205JC098

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