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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. COELHO DA CUNHA. (Maria Adelaide) DOIDA NÃO !Documentação psicológica e jurídica. Com prefácio e notas do Adv. Bernardo Lucas. Antigo deputado da Nação. Tipografia Fonseca. Porto. 1920. De 23x18 cm. Com xvi, 235 págs. Brochado. A autora, ajudada pelo seu advogado autor das notas e da transcrição de peças processuais, demonstra neste livro serem falsas as acusações de sofrer de doença mental de que fora acusada pelo marido. Maria Adelaide, filha de Eduardo Coelho, cofundador do Diário de Notícias e afilhada do principal proprietário do jornal, foi protagonista de um dos maiores escândalos da alta sociedade lisboeta ao fugir de casa para ir viver com o motorista que tinha sido seu empregado, em 13-11-1918. O marido, Alfredo Coelho, administrador do jornal usou a sua influência e poder para a fazer internar compulsivamente no Manicómio Conde Ferreira e para que fosse decretada a interdição por demência a 18 de Junho de 1919, na forma prevista no polémico Decreto de 11 de Maio de 1911. A fundamentação do internamento e da interdição foi apoiada em pareceres dos mais ilustres médicos da época como, Júlio de Matos, Sobral Cid e Egas Moniz. A dimensão do caso foi exponencialmente ampliada pelo recurso de marido e mulher à publicação de artigos na imprensa e livros. O marido respondeu com o livro “Infelizmente louca!” publicado no mesmo ano. Apesar de não ter qualquer fundamente a interdição só foi levantada 27 anos depois! O caso é visto, (além das questões de luta pela herança da mulher e dos preconceitos sociais em vigor ao tempo) como paradigmático de uma época em que a medicina tentou impor a sua autoridade a todos os aspectos da vida em sociedade, sobrepondo-se até à justiça, sendo como que uma versão mais totalizadora do cientismo que foi uma das bases ideológicas da 1ª República. Este caso é hoje estudado em cadeiras de cursos de direito, pois apesar dos avanços da ciência, situações parecidas com esta, em que está em causa a relação entre justiça e psiquiatria, têm continuado a acontecer. Referência: 1505NC020
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