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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. TRINDADE COELHO. (José Francisco) OS MEUS AMORES, JULHO DE 1891 [MANUSCRITO, CAMILIANA]De 25,5x19,4 cm. Com [iv], 90, [xxii], 14, [ii], 135-167, [i em br,] págs. Encadernação em percalina vermelha com ferros a ouro. Assinatura de posse: Pertence a Dulce Canongia. Oferecida por meu pai no dia 27 de Outubro de 1907. Conjunto constituído por um recorte de jornal, manuscritos autógrafos de vários contos de Trindade Coelho, com a sua assinatura em três deles. Manuscrito muito importante para o estudo e fixação do texto da obra de Trindade Coelho. A sua excepcional importânia deve-se ao facto de não existir qualquer edição crítica ou, ao menos, rigorosa e completa da sua obra e ainda mais às circunstâncias em que o autor escrevia e aos seus rigorosos princíos de exigência estética, que o levavam a alterar constantemente o texto dos seus contos e a deixar de lado ou eliminar das sucessivas edições aquelas obras que não lhe pareciam estar à altura das suas exigências. O recorte de jornal tem importância para a obra de Camilo Castelo Branco, pois inclui a 1.ª edição, numa Revista, de uma carta do romancista para Trindade Coelho. O editor da correspondência dos dois escritores, em 1915, o célebre livreiro alfarrabista Manuel dos Santos, pensou que a carta era inédita e a recente edição das obras completas de Camilo, na Lello Editora, reedita a referida edição e também não regista a 1.ª edição na Revista, que só é referida por Júlio de Lemos (Elogio do contista, p.) que foi amigo de Trindade Coelho. O conto Arrulhos foi publicadao na primeira edição, mas foi eliminado pelo autor das edições seguintes e o conto Batalhas domésticas depois de muito alterado deu origem ao conto Manhã Bendita. O manuscrito inclui as seguintes peças: 1 - Recorte de jornal com o início do seu conto, Idílio Rústico, que inclui uma nota do autor onde transcreve uma carta que Camilo Castelo Branco lhe dirigiu. É a primeira edição desta carta. 2 - Arrulhos 3 - Idyllio rustico, com assintura do autor. 4 - Abissus abissum. Com o nome rasurado da pessoa a quem era dedicado. 5 - Última dadiva. Manuscrito só na frente das folhas, com a data de 13 de Maio de 1885 e assinatura do autor rasuradas 6 - Batalhas domésticas. Escrito sobre tiras de papel quadriculado, que estão dobradas devido às suas dimensões. Com correcções e acrescentos 7 - Balladas I Maricas 8 - II Para a escola! - Com assintura autógrafa do autor e datado de Coimbra, no dia do meu acto de formatura, 16 de Junho de 1885 Os meus amores, foi publicado pela primeira vez em Lisboa por António Maria Pereira, em 1891. Seguiu-se a 2.ª edição pelo mesmo editor em 1894 e a 3.ª edição por Aillaud em 1901. Estas primeiras 3 edições incluem acrescentos e alterações. Seguiram-se depois a 4.ª edição em 1920, 5.ª edicão em 1922, 6.ª em 1928, 7.ª em 1935 e muitas outras. A versão definitiva, a partir da 3.ª edição tem o seguinte conteúdo: I- Amores velhos: Idílio rústico; Sultão; Última dádiva; Comédia de Província - I Prelúdios de festa, II - Tipos da Terra; Vae Victoribus!; Baladas - I -Maricas, II - Para a Escola; Abyssus Abyssum; Mãe! II - Amores novos: Terra Mater, Luzia, A Choca, À Lareira, Vae Victis!, António Fraldão, Manhã Bendita, Mater Dolorosa, Manuel Maçores; III - Amorinhos: O Conto das três Maçãzinhas de oiro; O conto da infeliz desgraçada; O conto das artes diabólicas; Parábola dos Setes Vimes; Autobiografia. Trindade Coelho, tal como a maior parte dos escritores da segunda metade do século XIX, tinha uma grande admiração e reverência por Camilo Castelo Branco, tendo enviado-lhe alguns dos seus contos para apreciação e visitou-o na sua casa de S. Miguel de Ceide, além disso, o grande escritor ajudou Trindade Coelho a conseguir colocações, em Sabugal e Portalegre no início da sua carreira de Magistrado. A grande admiração pelo escritor fê-lo conservar todas as cartas de Camilo cuidadosamente encadernadas, tendo sido a partir desses originais que foi realizada a edição de 1915. Trindade Coelho tem outra ligação com Camilo, pois escolheu suicidar-se tal como o seu mestre tinha feito em 1890. José Francisco Trindade Coelho (Mogadouro, 1861 - Lisboa, 1908) escritor, magistrado e político português. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, exerceu as funções de Delegado do Ministério Público na Comarca do Sabugal, em Portalegre e, depois, na de Lisboa. Dedicou-se a uma intensa actividade pedagógica, na senda de João de Deus, tentando elucidar o cidadão português para a democracia. Republicano, teve papel de relevo na obra de "demolição" da Monarquia. Foi iniciado na Maçonaria em data desconhecida de 1906, por comunicação, e filiado na Loja Solidariedade, de Lisboa, afecta ao Grande Oriente Lusitano Unido, com o nome simbólico de "Renovador". Deixou publicadas obras de Direito, Política, contos, memórias, manuais de ensino. As suas obras de ficção reflectem a infância passada em Trás-os-Montes e Alto Douro, num ambiente rural que ele fielmente retrata, embora sem intuitos moralizantes. O seu estilo natural, a simplicidade e candura de alguns dos seus personagens, fazem de Trindade Coelho um dos mestres do conto rústico português. Colaborou na revista "A Leitura" (1894-1896) e no semanário "Branco e Negro" (1896-1898). Tem uma biblioteca com o seu nome em Mogadouro. Foi pai de Henrique Trindade Coelho. Referências/References: Referência: 2412PG002
Local: M-9-D-48 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos. ![]() |
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