natural de la Ciudad de Lisboa, que vulgarmente se llama de la de Padua. Ilustrada con breues ponderaciones, añadidos los Elogios con que celebraron este Santo, Sumos Pontifices, Cardenales, Padres antiguos, y otros Autores graues. DEDICADO AL MISMO SANTO. [Vinheta xilografada com a imagem do santo]. Por el P. M. Fr. Miguel Pacheco Regular de la Orden de N. S. Jesu Christo, y Administrador del Hospital Real de S. Antonio de los Portugueses de Madrid. EN LISBOA CON LICENCIA. En la Officina de Henrique Valente de Oliueira. 1658.

In 8º (de 14,2x9,5 cm) com [8], 250, [21] págs.

Encadernação da época em pergaminho flexível (proveniente de palimpsesto de uma bula papal) com o título da obra manuscrito na lombada.

Ilustrado com uma gravura xilográfica de Santo António no centro da folha de rosto.

Exemplar com um leve vestígio de humidade à cabeça das folhas e vestígio de etiqueta comercial na dianteira da folha de rosto.

Segunda edição - a primeira foi publicada em Madrid, por Julian de Paredes no ano de 1646. Esta obra foi posteriormente traduzida duas vezes em português, sendo a primeira impressa em 1732 por Miguel Lopes Ferreira (escrivão dos contos do reino) e a segunda, em 1735, pelo Padre José Pereira Baião. (vide Inocêncio VI, 241 e V, 96).

Obra escrita e impressa em Madrid pelo representante da Ordem de Cristo na corte espanhola durante o périodo da Restauração da Independência portuguesa. O autor publicou também, em 1675, a Vida da infanta D. Maria, filha de D. Manuel I.

Obra que incide na vida e milagres de Santo António. No entanto o autor remonta a sua história até aos seus avós que eram da mesma familia de Godofredo de Bulhões, Duque da Lorena e Rei de Jerusalém. O autor recapitula a história de Portugal e da Europa quando descreve as gerações que precederam Fernando de Bulhões, que mudou o nome em António. Este santo, segundo o autor, está relacionado com a "estima" entre as pessoas, no entanto trata-se de um santo impiedoso para com os burlões e burlonas, vigaristas de toda a espécie que tem de ter um especial cuidado em não invocar o seu nome em vão (vide págs. 169-170). Santo António converteu os Albigenses (os Cátaros no Sul de França) pela palavra, e reformou os costumes depravados do seu tempo (vide pág. 240-241).

Inocêncio VI, 245: «FR. MIGUEL PACHECO, Freire da Ordem militar de Cristo, cuja regra professou no convento de Tomar a 7 de Março de 1606. Foi Procurador-Geral da mesma Ordem em Madrid, Provedor e Administrador do Hospital de Santo António dos Portugueses na mesma cidade, onde faleceu no ano de 1668. Era natural de Coimbra. [...] Sermão do glorioso padre Sancto Antonio, prégado na igreja do hospital de Sancto Antonio dos portuguezes em Madrid. Lisboa, por Manuel Lopes Ferreira 1694. [...] Este sermão, publicado, como se vê, póstumo, é a única obra de Fr. Miguel Pacheco que existe escrita na língua portuguesa. As duas seguintes são em castelhano, porém sendo para nós de interesse especial estão no caso de serem aqui contempladas. […] Epitome de la vida, acciones y milagros de Santo Antonio, natural de Lisboa. Madrid, por Julian de Paredes 1646. 8.º - Lisboa, por Henrique Valente de Oliveira 1658. 8.º Para as traducções d"este livro em portuguez, vej. no Diccionario os artigos P. José Pereira Bayão, e Miguel Lopes Ferreira [...]»

Referências: Barbosa Machado 3, 479; Inocêncio 6, 245; Palau, tomo 12, 208197 (não descreve a colação). Garcia Peres 435; Arouca P 8.; Monteverde 3931: "Raro". Pinto de Matos, pag. 436: 'Madrid, 1646, 8º  reimpresso em Lisboa em 1658'. Aníbal Fernandes Thomás (1912), 3694: “Pouco vulgar”; Ameal: não consta; Avila Perez: consta a edição de 1732, Rara; Azevedo Samodães: não consta.