RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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MANUSCRITO - SÉCULO XVIII - CORRESPONDÊNCIA DOS GOVERNADORES DA PRAÇA DE CAMPO MAIOR, 1703-1739.

Conjunto de ofícios expedidos por comandantes militares durante a Guerra da Indepência de Espanha e no período posterior

De 29,2x20,3 cm. Com 64 fólios. Encadernação da época em pergaminho.

O manuscrito é constituído por três cadernos de 24 fólios cada, não tem folha de rosto e possivelmente terá tido mais fólios além da folha de rosto integrados, ou não, num outro caderno. O caderno final tem falta das últimas oito folhas, que foram cortadas de forma irregular e muito provavelmente estariam em branco.

Encadernação com falta da lombada, a pasta anterior quase solta e a pasta posterior solta, as duas com manchas, rasgões, vincos e buracos. As folhas de papel apresentam picos de lepismatídio e pequenos rasgões marginais nos três primeiros fólios, em especial à cabeça, e pequeno buraco no mesmo local ao centro, defeitos que por vezes afectam o texto e nalguns casos impedem a leitura. Apresenta também mancha no pé dos primeiros 20 fólios e outra mancha no canto superior esquerdo dos fólios causada por manuseamento ao longo dos tempos.

Copiador de ofícios remetidos e recebidos pelos governadores da Praça de Campo Maior. Os governadores são Estevão da Gama de Moura e Azevedo, que exerceu funções durante a Guerra da Sucessão de Espanha e Diogo Lopes de Sepúlveda que governou a praça numa época posterior e foi promovido a Sargento Mór, por D. João V, pela maneira como restaurou a vila depois da grande explosão do paiol em 1732.

Os primeiros 46 fólios contêm cartas datadas de 1703 a 1712, relativas às operações militares da Guerra da Sucessão Espanhola, em que Portugal participou apoiando D. Carlos de Habsburgo, pretendente ao trono de Espanha. Os fólios 46 frente a 64 incluem um conjunto de cartas de 1716 a 1739, sobre questões militares diversas e sobre vários assuntos.

No primeiro caso a correspondência é recebida e enviada a outros governadores de praças, como D. Francisco de Melo governador de Moura, D. João da Paz, e outros governadores de Badajoz, aos comandantes de regiões militares ou de exércitos em operações, como por exemplo ao Marquês das Minas (8 cartas), ao Marquês de Fronteira (18 cartas), ao Marquês de Bay (4 cartas), D. João Manuel (9 cartas), Conde de Vila Verde (18 cartas), Conde de S. João (2 cartas), General Pedro de Mascarenhas (5 cartas)

O segundo conjunto é composto por cerca de trinta cartas. Começa com uma carta, de 1716, de resposta a outra carta que José Freire de Monterroio Mascarenhas tinha enviado ao autor, remetendo o folheto da sua autoria: Eclipse da Lua Ottomana, ou relação individual da batalha de Peterveradin, Lisboa. 1716. Seguem-se três cartas ao Marquês de Assa, de 12 de Setembro de 1718, 17 de Junho de 1719 e 5 de Junho de 1720; Carta a D. João Diogo de Ataíde de 20 de Agosto de 1721, Carta ao Vedor Geral em 23 de Agosto de 1721. Carta a Diogo de Mendo Corte Real, Carta a D. João Diogo de Atayde em 22 de Julho de 1722, Carta ao Marquês de Assa de 13 de Abril de 1726, Carta ao Marquês Manuel Teles da Silva, da Academia Real da História; Cartas a D. João Diogo [de Ataíde], 18, 21 de Abril de 1723 (tem junto resposta do mesmo dia), e 16 de Maio de 1724; carta enviada a José Freire de Monterroio [Mascarenhas] de 13 de Abril de 1726; Carta a D. João Diogo de Ataíde de 20 de janeiro de 1727; ao Conde de Alva em 16 de Março de 1735, em 23 de Março de 1735; ao Conde de Atalaia, 7 de Agosto de 1735; ao Secretário de Estado Diogo de Mendonça Corte Real em resposta à carta de D. João V por ele recebida através do referido Secretário de Estado, pedindo para que continuasse como Governador da Praça; ao Vedor da Artilharia, Manuel Rodrigues de Ataíde, 14 de Agosto de 1735; ao Conde de Assumar, General da Cavalaria deste Exército, ano de 1735; a José Freire de Monterroio Mascarenhas, sobre uma Relação que compôs, s. d. [1729]; ao Marquês de Cascais, que lhe comunicou o casamento de seu filho, o Conde de Monsanto, com a filha do Infante D. Miguel, ano 1739; a D. Lourenço de Almeida, irmão do Patriarca dando-lhe os pêsames da morte do filho, que tinha sido Capitão de Cavalaria nesta praça; ao Conde Assumar, D. Pedro de Almeida, Mestre de Campo desta Província, S.d.; Carta ao Secretário de Estado Pedro da Mota da Silva, sobre o caso dos clérigos de Campo Maior sucedido em 17 de Novembro de 1739.

História e biografias.

A Guerra da Sucessão de Espanha decorreu de 9 de Julho de 1701 a 7 de Março de 1714. A participação de Portugal foi a mais longa campanha militar portuguesa no teatro de operações ibérico, durante todo o século XVIII. Este conflito, ficou marcado, fundamentalmente, por três etapas: a primeira, entre 1704 e 1705, correspondeu à invasão franco-espanhola; a segunda, entre 1706 e 1709, marcada pela invasão aliada a partir de Portugal, incluindo as campanhas travadas em território espanhol; a terceira etapa, sobre a Raia, decorreu entre 1709 e 1712, e caracterizou-se por incursões, razias e cercos em território inimigo, num e noutro lado da fronteira: Batalha do Caia (1709); Miranda do Douro (1710-1711) e Campo Maior (1712).

Estevão da Gama de Moura e Azevedo (Campo Maior, 1672 - ) Filho de Francisco da Silva de Moura e Azevedo, Governador da Praça de Monte Mor e irmão Diogo de Monroy e Vasconcelos. Foi Governador da Praça de Monte Mor, Sargento Mor de Batalha, Comendador de S. Miguel de Villaboa da Ordem de Cristo e membro da Academia Real da História. Deixou várias obras manuscritas.

José Freire Montarroio de Mascarenhas (Lisboa, 1670 - 1760) Combateu na Guerra da Sucessão Espanhola, como Capitão de Cavalaria, de 1704 a 1710. Desde essa data até falecer escreveu grande número de obras de carácter jornalístico e histórico. De muitas delas existem os manuscritos na Biblioteca Nacional de Portugal e na Biblioteca de Évora. As que foram publicadas incluem a continuação da Gazeta de Lisboa e grande número de folhetos com notícias de combates, guerras, viagens, casos curiosos ocorridos em Portugal e em muitos locais da Europa, África e Ásia.

 Set of letters issued by military commanders during the Spanish War of Indepence and in the afterwards period

29.2x20.3 cm. 64 folios. Contemporary parchment binding.

The manuscript consists of three quires of 24 folios each, has no title page and may possibly have had more folios than the title page integrated, or not, in another quire. The final quire is missing the last eight leaves, which were cut irregularly and would most likely have been blank.

Binding with the spine missing, the front cover almost loose and the back cover loose, both with stains, tears, creases and holes. The paper sheets show lepismatidae marks and small marginal tears on the first three folios, especially at the head, and small hole in the same place at the centre, defects which sometimes affect the text and in some cases prevent reading. It also shows staining at the foot of the first 20 folios and another stain in the upper left corner of the folios caused by handling over time.

Copier of letters sent and received by the governors of the Campo Maior stroghold. The governors are Estevão da Gama de Moura e Azevedo, who held office during the War of the Succession of Spain and Diogo Lopes de Sepúlveda who governed the stronghold at a later time and was promoted to Sergeant major, by King João V, for the way he restored the town after the great explosion of the arsenal in 1732.

The first 46 folios contain letters dated 1703 to 1712, concerning the military operations of the War of the Spanish Succession, in which Portugal participated by supporting Carlos of Habsburg, pretender to the throne of Spain. Folios 46 front to 64 include a set of letters from 1716 to 1739, on miscellaneous military matters and on various subjects.

In the first case the correspondence is received and sent to other governors of strongholds, such as D. Francisco de Melo governor of Moura, D. João da Paz, and other governors of Badajoz, to the commanders of military regions or armies in operations, as for example to the Marquis of Minas (8 letters), the Marquis of Fronteira (18 letters), the Marquis of Bay (4 letters), D. João Manuel (9 letters), Count of Vila Verde (18 letters), Count of S. João (2 letters), General Pedro de Mascarenhas (5 letters)

The second set consists of about thirty letters. It begins with a letter, of 1716, in reply to another letter that José Freire de Monterroio Mascarenhas had sent to the author, forwarding the pamphlet of his authorship: Eclipse da Lua Ottomana, ou relação individual da batalha de Peterveradin (Eclipse of the Ottoman Moon, or individual relation of the battle of Peterveradin), Lisbon. 1716. Following are three letters to the Marquis of Assa, dated 12 September 1718, 17 June 1719 and 5 June 1720; Letter to João Diogo de Ataíde on 20 August 1721, Letter to the General Inspector on 23 August 1721. Letter to Diogo de Mendo Corte Real, Letter to João Diogo de Atayde on 22nd July 1722, Letter to the Marquis of Assa on 13th April 1726, Letter to Manuel Teles da Silva, from the Royal Academy of History; Letters to João Diogo [de Ataíde], 18th, 21st April 1723 (with an answer from the same day), and 16th May 1724; letter to José Freire de Monterroio [Mascarenhas] of 13 April 1726; Letter to João Diogo de Ataíde of 20 January 1727; to the Count of Alva on 16 March 1735, on 23 March 1735; to the Count of Atalaia, 7th August 1735; to the Secretary of State Diogo de Mendonça Corte Real in reply to the letter from King João V, received by him through the referred Secretary of State, asking him to continue as Governor of the Square; to the Artillery Inspector, Manuel Rodrigues de Ataíde, 14th August 1735; to the Count of Assumar, Cavalry General of this Army, year 1735; to José Freire de Monterroio Mascarenhas, about a Report he had composed, undated [1729]; to the Marquis of Cascais, who informed him of the marriage of his son, the Count of Monsanto, with the daughter of Prince Miguel, year 1739; to Lourenço de Almeida, brother of the Patriarch, offering his condolences on the death of his son, who had been Cavalry Captain in this stronghold; to the Count Assumar, Pedro de Almeida, Field Master of this Province, undated; Letter to the Secretary of State Pedro da Mota da Silva, about the case of the clerics of Campo Maior occurred on 17 November 1739.

History and biographies.

The War of the Spanish Succession ran from 9 July 1701 to 7 March 1714. Portugal"s participation was the longest Portuguese military campaign in the Iberian theatre of operations, throughout the 18th century. This conflict was marked essentially by three stages: the first, between 1704 and 1705, corresponded to the Franco-Spanish invasion; the second, between 1706 and 1709, was marked by the Allied invasion from Portugal, including the campaigns fought in Spanish territory; the third stage, over the borders (Raia), took place between 1709 and 1712, and was characterized by incursions, raids and sieges in enemy territory, on either side of the border: Battle of Caia (1709); Miranda do Douro (1710-1711) and Campo Maior (1712).

Estevão da Gama de Moura e Azevedo (Campo Maior, 1672 - ) Son of Francisco da Silva de Moura e Azevedo, Governor of the Stronghold of Monte Mor and brother of Diogo de Monroy e Vasconcelos. He was Governor of Monte Mor, Sergeant Major of Batalha, Knight Commander of S. Miguel de Villaboa of the Order of Christ and member of the Royal Academy of History. He left several manuscript works.

José Freire Montarroio de Mascarenhas (Lisbon, 1670 - 1760) He fought in the War of the Spanish Succession, as Cavalry Captain, from 1704 to 1710. From then until his death, he wrote a great number of works of a journalistic and historical nature. Manuscripts of many of them can be found in the National Library of Portugal and in the Library of Évora. Those that were published include the continuation of the Gazeta de Lisboa and a great number of pamphlets with news of battles, wars, travels, curious cases that occurred in Portugal and in many places in Europe, Africa and Asia.

Referências/References:

Luís Miguel Alves de Bessa Moreira - Fortificaçõs abaluartadas da fronteira Luso-Extremenha na cartografia de Nicolas de Fer (1702-1714).

Inocêncio IV, 343-353 XII, 337 José Freire Montarroio de Mascarenhas.

Barbosa Machado I, 756.


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Referência: 2210MS001
Local: Gravureiro Gav. 3-01


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